A menina que veio do sol
- Sílvia Gião
- 13 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de jun. de 2021

Era uma vez uma menina de olhos doces
E de cabelo ondulado da cor do sol
Que desceu até ao planeta Terra
Cheia de sonhos no seu coração.
Mas foi esquecendo quem era,
Perdeu-se de si mesma, muitas vezes,
Dos seus sonhos, dons e emoção.
De suas fantasias, de ser um girassol.
Até que um dia se perdeu numa floresta
Escura, fria e cheia de sombras, agreste.
Tapou os olhos.
Tapou os ouvidos.
Fechou a boca.
Inspirou profundamente,
Expirou lentamente.
Encolheu-se toda!
E ficou assim, escondida, trémula e assustada.
Até que uma noite adormeceu exausta.
E sonhou com muitos círculos amarelos
que rodopiavam irradiando tudo à sua volta.
E quanto mais e mais rodopiavam,
Acendia-se uma luz dourada intensa.
Foi então que começou a dar-se conta,
Da luz magnífica que saía de dentro dela.
Dos seus olhos, do nariz, dos ouvidos.
E esboçou um grande sorriso emocionado
Começou a entoar uma música sem som.
A vibração era de amor, um rosa pincelado!
Os olhos ficaram maiores, da cor do encanto.
O sorriso ganhou vida e versos de canto.
Quando deu conta flutuava no ar, estonteante
Rodopiando, dançando numa sala de diamante.
Saíra do bosque escuro dos amedrontados,
Estava num palácio feito de sonhos dourados.
Admirando o portal em A, melancolicamente
Amor - o segredo foi descoberto novamente.
Seu coração tinha o poder de brilhar AMOR
E de transformar tudo à sua volta. Encantador!
Com o seu sorriso e expressão puro do olhar,
Sintonizando o SOL, que agora voltou a brilhar
No seu coração onde sempre esteve bem guardada
A menina que veio do Sol, a sua alma imaculada.
Moral da História.
O sol, a Luz, nossa essência Divina, está sempre presente mesmo nos momentos mais sombrios da nossa existência. Por vezes precisamos perdermo-nos, atravessar as sombras mais densas, vivermos a noite da alma, para nos entregarmos nas mãos de Deus, rendermo-nos à Vida na sua dimensão mais sagrada, e assim redescobrirmos o sol mais brilhante da nossa essência pura que vive no nosso coração. Amor!
Sílvia Gião, 5 de Junho de 2021







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