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Onde a Liberdade Mora

  • Foto do escritor: Sílvia Gião
    Sílvia Gião
  • 9 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

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ONDE A LIBERDADE MORA, PERGUNTO-ME EU AGORA. NO FUNDO DO MAR, VENDO O MEU OLHAR.


Um certo dia, Na orla desse mesmo mar, Onde agora me encontrei, Perdi-me deveras de MIM Emaranhada na ondulação, Nesse vai e vem de água sem fim. Cansada de suster a respiração Deixei-me naufragar e encalhei. Até ser um novo dia. Questionei-me: afinal quem Eu Sou, O que fazer, para onde seguir? Longe do que antes era seguro Longe do que era confortável Longe do que era apetecível Longe do que se tornou minha prisão Longe do que se tornou mera ilusão No tumulto da mente que a dor rasgou O soluçar sem forças decidiu sumir. O silêncio fez-se presença no escuro. Os olhos fechados, qual morte inegável. A rendição veio como solução incrível. Após cada sonho perseguido, Tantos obstáculos criados, Cada caminho forçado, Ciclos e ciclos sem fim. Cansada de lutar, Entrei no mar, Simples assim. Entregue ao fado, Olhos fechados, Ao fundo fui indo. E foi, quando da superfície me retirei, Quando ao profundo me entreguei, A plenitude da imensidão me tomou E a corrente da vida me resgatou. Abri os olhos para olhar. Do mar nada vi. Apenas o meu olhar Se encontra ali. Longe das correntes e fortalezas Longe dos quereres e das certezas Longe das normoses e multidões Longe dos extremos e oposições Longe dos enganos e das promessas Longe das perseguições e ameaças Longe da ilusão da dor da separação Foi aí que encontrei meu coração. Nesse vazio, o sentido da existência, Total Unidade da Consciência. Nessa liberdade pura e vívida, Sem mar, sem olhos, só Vida!

Sílvia Gião, poetisa Um papel encontrado na gaveta, Que hoje se revela.

 
 
 

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